sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Você sabia? [01/2011]

* Por Cícero
Você já imaginou como o homem da pré-história fazia para se defender ou caçar os dinossauros? Não?!? Ainda bem, pois fique sabendo que o homem da caverna e o dinossauro, não eram velhos conhecidos. O hominídeo [da Idade da Pedra] viveu a cerca de 40 mil anos, enquanto que os dinossauros foram extintos a 65 milhões de anos.

E é bom lembrar: nem todo o homem que viveu neste período morava em cavernas.

Até a próxima amigo leitor!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A pré-história da América e do Brasil (art 01)

Falar de uma migração continental ou simplesmente da diáspora humana pelo globo terrestre abre mil e uma hipóteses e possibilidades. Poderíamos talvez acertar o foco, a localização, e errar o itinerário. No âmbito da pré historia tudo é entregue nas mãos ricas e nobres dos arqueólogos, para que dentro de pesquisas repletas de escavações, as coisas venham a de fato ocorrer. Estamos apresentando este espaço, e ao mesmo tempo fixando a proposta com a expansão humana pela América. Uma forma de driblarmos os assuntos mais rotineiros da pré história, dando uma ênfase maior a nossa pré história, ao nosso início de mundo, ao nosso contexto, e ao nosso tudo. Temos a tendência a fixar a história desta expansão pela saída do homem da África para a Ásia e Europa, e dentro desta ideia (ou hipótese) a chegada na America através da Beríngia (estreito de Bering). Mas sabemos que os traços culturais e étnicos de nossa civilização obedecem, e seguem, não só a mongolização do continente (traços asiáticos de olhos e crânios) como também os tipos “negróides” que por aqui (especialmente na America Meridional) ainda existem. Na verdade nossa civilização Sul-americana está dentro das duas ideias de expansão. Enfim esta é a América que queremos descobrir. Esta é a América que poderemos discutir, essa é a América que passará nestas efêmeras linhas pela civilização de Clóvis, pelo povo de Lagoa Santa, pelas civilizações mexicanas e peruanas, enfim esta é a América que queremos apresentar. 

Sempre que buscamos informações sobre nosso passado, tudo nos aponta que nossa história começou com a invasão portuguesa. Mas nossos brasis já ocupavam essas terras muito antes da chegada lusitana. Quem foram seus ancestrais? Bem, o povoamento do Brasil, ocorreu no fim da última glaciação, por uma população formada por caçadores coletores, que viviam em acampamentos sazonais, possuíam armas líticas simples e praticavam arte rupestre. Em 1840 o paleontólogo Peter Lund encontrou fósseis humanos em cavernas na região de Lagoa Santa, município mineiro, que deu nome ao povo e ao sítio arqueológico. Em 1975 nesta mesma região foi encontrado o fóssil humano mais antigo das Américas, em análises descobriu-se que o crânio pertencia a uma mulher, e recebeu o nome de Luzia. Luzia tinha aproximadamente 1,50m de altura, sua morfologia negróide era semelhante aos aborígines da Oceania, e nativos da África; morreu jovem, entre 20 e 30 anos. Esta descoberta nos leva a crer que o povo de Lagoa Santa pertence a uma primeira leva de humanos mais antiga, que talvez tenha chegado aqui aproximadamente à 15/14 mil anos, vindos da África, parando uma temporada em Madagascar e posteriormente seguindo para a Oceania, e chegando ao nosso continente. O povo de Lagoa Santa coexistiu com os paleoíndios, dando-se um encontro há seis mil anos, onde o povo de Luzia desapareceu. Esta segunda leva de humanos, com características dos índios atuais, ocupou toda a faixa litorânea e o Planalto Central. Dentro deste nosso rápido comentário, podemos discorrer de forma mais ou menos prolixa, para a atenção aos detalhes de tais pesquisas, direcionadas para a ocupação deste nosso nada “novo mundo”. A teoria de Florentino Ameghino, famoso paleontólogo, é que o homem americano teria se desenvolvido na América. 

Ele afirma que, a possibilidade de nossa civilização ter iniciado por aqui é mesmo grande devido a seus achados relacionados a ossos, fogueiras, pontas de flechas e lanças, porém sua tese atualmente é descartada, pela falta de mais provas, como também pelo desconhecimento da técnica de datação com carbono 14, na época de suas descobertas. Outra teoria é de Alis Hardilick ou teoria mongólica, onde o homem teria migrado para o continente americano há aproximadamente 15.000 anos, através do estreito de Bering (conforme já vimos na introdução deste texto). Essa teoria é debatida e contestada pelos historiadores que afirmam a múltipla migração. Para essa tese o homem teria vindo não só da África (via Ásia e Mongólia) como também diretamente da áfrica com paradas na Oceania. Isso de certa forma explicaria nossa pluralidade de traços, serem tanto Mongóis (característica da cor da pele e formato dos olhos) como negróides (semelhantes aos aborígenes australianos). Porém uma das comprovações de maior impacto e repercussão (que corroboram com a tese do estreito de Bering) está no trabalho científico de geneticistas brasileiros que afirmam o grau de parentesco entre tribos de seis países americanos (Brasil, Peru, Argentina, Colômbia, México e Estados Unidos).  Como podemos ver temos várias possibilidades, e uma gama muito grande de estudos ainda sendo desenvolvidos. Quando falamos de pré-história, trabalhamos sempre na base de hipóteses, e quando a pré-história fica afunilada para o estudo do nosso continente, as hipóteses são mais amplas devido ao menor tempo de estudo desta parte do mundo. Ainda podemos afirmar que a teoria de Clóvis (embora todas as teses contrárias) é se não a mais correta, a mais popular dentre elas. Para constar: O nome Clóvis vem de um sítio arqueológico no Novo México, Oeste dos EUA, por muito tempo considerado o mais antigo nas Américas, com datação entre 11 mil e 11,5 mil anos atrás. Este artigo tem não só o interesse de expor o nosso trabalho de estudo, como também deixar em aberto uma miríade de possibilidades de complementações, discussões, ideias e embates a respeito do assunto. Estudar a pré-história de nosso continente. Desenvolver teses a respeito. Criar a possibilidade de defesas em cima de todas as possibilidades. Enfim, temos o objetivo de convidar a todos os leitores, e seguidores, a embarcarem juntos nessa caminhada. Este é o primeiro artigo de vários. Este é o primeiro de muitos estudos.





terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Rio Grande do Sul e suas falácias

*por Thiane


A história da revolução Farroupilha não é devidamente clara em suas reproduções, mas com toda a certeza não é uma história mentirosa. É sim uma história com muitas omissões e com muitos fatos vergonhosos, tais fatos omitidos e até mesmo “escondidos”, mas escondidos apenas dos olhos de quem não os queria ver. Como proclamar Heróis, aqueles que hoje envergonhariam qualquer criança com o mínimo senso critico de moral, como falar em defesa de homens que lutavam por suas terras, por redução de impostos das mercadorias que vendiam, homens que lutavam em seu próprio benefício. Prometiam liberdade aos escravos que lhe serviam, mentira! Grandes demagogos, jamais iriam se desfazer (libertar) de seus mais preciosos bens. Homens fortes com braços para o trabalho. Prometeram-lhes sim a liberdade, mas tinham em ampla e plena consciência que jamais a concederiam. 

Não devemos alimentar ou mesmo cultivar ainda mais as falácias entorno da história Farroupilha e nem tampouco justificar os atos de homens com opiniões, pensamentos e orientações de uma outra época, uma outra sociedade. Mas como separar a história real dos mitos criados em torno dela?! Com certeza isso não é algo fácil de ser realizado por uma sociedade estruturada em cima de um mito histórico. Mito este que faz parte até mesmo da vida daqueles que repudiam tal folclore, mito que ocupa grande espaço no convívio social, educacional, cultural e até mesmo histórico dos indivíduos oriundos do Rio Grande do sul. Para alguns de forma muito amena como um simples mate ao final do dia, uma trova amiga em torno da carne assando na brasa. Para outros entranhada de forma que as julgam verdade absoluta.Como definir de forma consciente até que ponto, algo dessa história falaciosa realmente faz parte da cultura desse povo, até que ponto esse povo esta impregnado de tais “tradições” e que de forma essas falácias contribuíram para a evolução ou atraso deste povo?

sábado, 10 de setembro de 2011

O 11 de setembro

*por Alex Martins

Nesta semana que antecedeu as homenagens às vítimas do atentado de 11 de setembro nos estados Unidos, uma rádio de grande audiência aqui no Rio Grande do Sul veiculou uma série de entrevistas com seus ouvintes, onde cada um relatava o local em que estava quando ocorreram aqueles fatos que horrorizaram o mundo. Bem, peço licença aos meus colegas blogueiros para falar um pouco de mim naquele dia no ano de 2001. Eu trabalhava na Secretaria de cultura de minha cidade na divulgação de eventos e andando pela avenida principal, de repente verifiquei que as pessoas estavam ou entrando ou paradas, praticamente estacionadas defronte a televisores nos bares, Xis e lancherias como que hipnotizados, eu fiquei intrigado com aquela situação, mas tinha que concluir minha tarefa a tempo, não parei. Quando retornei é que pude acompanhar melhor e me apropriar do que estava acontecendo. Estarreci-me com a situação, num primeiro momento parecia que era uma cena hollywoodiana, um ato de publicidade, uma montagem midiática, inimaginável que aquilo que estava acontecendo fosse verdade. Mas era... O mundo estava vivendo na prática a célebre frase que dá nome a um filme: “O dia em que a terra parou”, e foi exatamente isso o que aconteceu, o mundo literalmente parou, como que em estado de choque ante àquelas cenas transmitidas ao vivo para todos os continentes. A maior potência econômica e militar do planeta estava sendo golpeada dentro de suas próprias entranhas, ou seja, havia construído uma carapaça impenetrável e indestrutível para fora de si, com todo seu poderio bélico, mas de repente, como que um vírus ou uma bactéria corroendo o corpo de dentro pra fora, acontecem violentos ataques com dois aviões atingindo o maior centro de operações capitalistas do mundo, o World Trade Center, causando a morte de mais de 3000 seres humanos civis, além de mais de 6000 feridos indefesos ante àquela situação.  

Informações das mais variadas e investigações levaram o governo estadunidense chegar à conclusão de que teria sido um ataque terrorista planejado e executado pela AL-Qaeda, organização fundamentalista islâmica.  Com isso travou uma verdadeira cruzada contra o terror, invadindo, primeiro o Afeganistão, país que dava guarida ao líder maior desta organização, Osama Bin Laden, em seguida, também utilizando o mesmo pretexto e acusando Saddan Hussein de possuir armas de destruição em massa e material para fabricação de bombas atômicas, invadiu e ocupou o Iraque, causando uma destruição sem precedentes àquele país. Mas nós temos pessoas como o cineasta estadunidense Michael Moore que contestam os atentados como sendo algo estritamente planejado pelos homens da Al-Qaeda, para ele os fatos ainda estão muito obscuros, ele procura mostrar através de dados, fotos e outros registros em um documentário que todas aquelas ações que incorreram no atentado não passaram de uma orquestração montada pelo próprio governo estadunidense, ou pela família Bush.  Fahrenheit 9/11 é um documentário que vale a pena ver. Bem, seja de quem for a culpa, seja quem tenha planejado e executado, o fato é que foi um ato terrorista e que nada, repito, nada justifica para que se tire a vida de tantas pessoas daquela forma, abruptamente e deixe outras milhares feridas. Outro fato que chama a atenção é que setores da mídia utilizem a palavra “comemoração” para se referir aos atos públicos, às manifestações e homenagens aos mortos e feridos no dia 11 de setembro de 2001, comemorar o quê? Um ato terrorista?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sete de setembro

* por Adriano Viaro

Que independência é essa?
Que me torna dependente,
Que o livre arbítrio é ausente,
E eu não posso reclamar!

Que independência é essa?
Que mostra a vista pelos fundos,
Rouba minha consciência,
E eu não posso nem falar.

Que independência é essa?
Que o hino lembra camisa amarela;
Mas que só a cada quatro anos...
É cantado com amor!

Que independência é essa?
Que tem Ronaldo e Ronaldinho,
Mas esquece que criança quer carinho,
E aposentado também é gente.

Que independência é essa?
Que teu povo não tem vez;
Nas leis que tu mesmo fez;
E teu povo não fugiu a luta!

Que independência é essa?
Que aguarda fevereiro pra ter festa;
Enquanto a Europa faz carnaval na testa;
Destes que assistem e batem palma.

Que independência é essa?
Que chora leite derramado;
Reelege prefeito e deputado;
Para continuarem seus cartéis!

Que independência é essa?
Que roubou minhas esperanças;
Que eu comemoro desde criança...
A minha pátria que faliu!

Que independência é essa?
Que se diz a pátria amada,
Mas que eu conheço como a ingrata...
Que todos vocês chamam de Brasil.