quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sete de setembro

* por Adriano Viaro

Que independência é essa?
Que me torna dependente,
Que o livre arbítrio é ausente,
E eu não posso reclamar!

Que independência é essa?
Que mostra a vista pelos fundos,
Rouba minha consciência,
E eu não posso nem falar.

Que independência é essa?
Que o hino lembra camisa amarela;
Mas que só a cada quatro anos...
É cantado com amor!

Que independência é essa?
Que tem Ronaldo e Ronaldinho,
Mas esquece que criança quer carinho,
E aposentado também é gente.

Que independência é essa?
Que teu povo não tem vez;
Nas leis que tu mesmo fez;
E teu povo não fugiu a luta!

Que independência é essa?
Que aguarda fevereiro pra ter festa;
Enquanto a Europa faz carnaval na testa;
Destes que assistem e batem palma.

Que independência é essa?
Que chora leite derramado;
Reelege prefeito e deputado;
Para continuarem seus cartéis!

Que independência é essa?
Que roubou minhas esperanças;
Que eu comemoro desde criança...
A minha pátria que faliu!

Que independência é essa?
Que se diz a pátria amada,
Mas que eu conheço como a ingrata...
Que todos vocês chamam de Brasil.

Um comentário:

  1. Uma independência que não está relatada nos jornais da época! Uma independência que foi comemorada junto do aniversário do imperador, mais de um mês após “ter ocorrido”. Uma independência que foi aceita somente 3 anos depois. Uma independência que gerou conflitos e insurreições, mas que nos é ensinada como uma acomodação de termos pacíficos. Tudo errado ou ao menos estranho. Esse é o nosso glorioso sete de setembro!

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